segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ainda querem que o país se desenvolva

Durante nove anos, Miriam Martins, 34 anos, nunca teve problemas na empresa de engenharia civil onde era efectiva e trabalhava como desenhadora-projectista. Nem no ano passado quando decidiu voltar a estudar e inscrever-se no ensino superior, no curso de Engenharia Civil da Universidade Lusófona, e o comunicou aos sócios da empresa. Seis meses depois, enfrenta um processo disciplinar e de despedimento por justa causa.

A história começa em Setembro de 2007. Depois de ter conseguido entrar na universidade, pediu o estatuto de trabalhador-estudante, cumpriu todas as formalidades, apresentando o horário das aulas na empresa e, com um mês de antecedência, o calendário das frequências. Durante meses, tentou gerir um horário laboral e escolar que dava pouca margem de manobra, com a hora de saída do emprego (às 18h00) a coincidir com a hora de começo das aulas e levando a que o dia só terminasse entre as onze e a meia-noite. “Nunca gozei da dispensa até seis horas semanais a que tinha direito como trabalhadora-estudante. Chegava sempre atrasada às aulas”, conta.

in Arrastão

Com patrões e empresários capazes disto, como queremos que Portugal se torne num país mais desenvolvido? É a triste realidade do nosso país.

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